Thaly & Theikos
Finalmente o dia chegou. Depois de tanto tempo calada, testando a vontade de ambos, finalmente Valkaria convocou Thaly e Theikos para o confronto final. Obviamente não estariam sozinhos: Arwan, Lavanda e Pitre estariam juntos, formando um grupo de aventureiros do jeito que a deusa gosta.
Dizer que foi fácil seria um desrespeito à deusa e à história. Os desafios não foram apenas físicos, mas também mentais. Valkaria testou não apenas suas capacidades de combate, mas sua força emocional para lidar com os desafios que sua masmorra propõe.
Mas não existia a chance do resultado final ser outro. Eles jamais desistiriam. Finalmente, depois de um combate tenso e difícil, Valkaria foi derrotada. Thaly e Theikos provaram para a deusa que sua ambição — e o que sentem um pelo outro — é maior do que qualquer capricho de um deus, mesmo da líder do Panteão.
Valkaria finalmente reconheceu a chama em seus corações e concedeu aos dois o direito de ficarem juntos. Eles haviam conquistado isso e mereciam esta recompensa. E, com a promessa de não pararem jamais, foram também abençoados por Arsenal, que tudo observava, orgulhoso. Thaly e Theikos eram um orgulho para suas divindades. Levaram seus ensinamentos e crenças ao limite, a um patamar que mortais não ousavam sequer pensar em chegar. E conquistaram a vitória. Conquistaram a liberdade de amar sem limitações nem dos próprios deuses.
A volta para a Guilda foi de festa. Todos os amigos que ajudaram nesta jornada estavam lá quando Lavanda realizou a cerimônia que era tão aguardada por todos ali, dos amigos mais antigos, que fizeram parte de tudo isso, aos amigos que chegaram depois, mas sempre torceram por este final.
“Membres da Guilda de Eva! É com imenso prazer que estamos aqui reunides hoje para celebrar a união desses dois amantes. Estou aqui hoje representando não apenas uma deusa, mas todo o Panteão, para abençoar essa cerimônia. Aqui estão presentes Theikos Ankaseli, paladino de Valkaria, o homem de ambição infinita, e Thalyandra de Carvalho, clériga de Arsenal, a mulher que desconhece a derrota. Esses dois aventureiros que muitos de vocês conhecem e talvez admirem, começaram suas carreiras como qualquer um daqui, enfrentando pequenas ameaças, fazendo trabalhos cada vez maiores, mas em suas jornadas encontraram algo maior que qualquer monstro que enfrentaram. Eles encontraram o amor, em meio a tantas aventuras aquilo que era apenas uma confiança dentre “irmãos de armas” se tornou mais, se tornou grande, se tornou incontrolável, a vontade dos dois não era de estarem lado a lado apenas em combate, mas para toda a vida. Mas havia um problema, Theikos é um devoto de Valkaria, a líder do Panteão, e dentre seus mandamentos, há a proibição de relações estáveis.
Muitos dos devotos da Deusa se revoltam com esse mandamento, abandonam a crença em prol de suas paixões, ou abandonam suas paixões em prol da crença, mas não estamos falando de devotos comuns! Oras, Valkaria é a deusa da Ambição, que tipo de Paladino seria Theikos se desistisse na primeira dificuldade? E que tipo de devota de Arsenal seria Thalyandra se aceitasse a derrota? Se há um obstáculo, há uma aventura, se não há chance de vitória, ela deve ser criada.
Esses dois foram até a própria deusa, em seu próprio plano, desafiar a deusa em busca de aprovação, Pitre, Arwan e eu também fomos nessa aventura, e fazendo jus ao nome do plano, passamos por uma verdadeira Odisseia para conseguir encontrar a deusa. Enfrentamos hidras, puristas e tudo mais que o plano jogou na gente, e encontramos com a deusa, mas é claro que não seria tão simples, Valkaria estava lá, na forma de sua Avatar, aguardando imponente, ela é a deusa da Aventura, ela não é a chegada, ela é desafio, ela é confronto. A deusa nos aguardava para o combate. E demos a ela o que ela queria. E vencemos. Mas isso não era suficiente, Valkaria nunca está satisfeita, suas aventuras nunca cessam, e assim deve ser a vida de seus devotos. Ela lançou um novo desafio, talvez o maior de todos os desafios, um desafio não apenas ao casal, mas para todos os aventureiros! Esses dois queriam contrariar os desígnios da líder do Panteão, então eles deveriam buscar a aprovação de todo ele. Buscavam a maior de todas as aventuras, então deveriam reunir o maior grupo de aventureiros!
Toda a guilda foi desafiada pelo Panteão, 20 masmorras deveriam ser vencidas, as bençãos de todos os deuses deveriam ser conquistadas.
E todos nós que estamos aqui hoje somos iguais a eles, podemos não ser devotos de Valkaria, mas somos aventureiros, a ambição está em todos nós, a vontade de vencer um desafio e a vontade de ajudar os companheiros motivou a todos nós. Somos a Guilda de Eva, somos diferentes, desajustados e muitas vezes problemáticos, mas somos companheiros, e não recusamos uma missão.
E triunfamos.
As 20 masmorras foram vencidas e de cada deus, uma benção obtida.
De Oceano, a estabilidade, para que essa união não se abale nem mesmo para a maior das tempestades;
De Tanna-Toh, a verdade, para que aja transparência e confiança entre o casal;
De Azgher, a presença, para que saibam que sempre há alguém em quem se apoiar;
De Allihanna, a harmonia, para que mesmo em meio a diferenças, busquem o equilíbrio;
De Aharadak, o temor, pois momentos de dor são inevitáveis, mas supera-los é o que nos torna artonianos;
De Kallyadranoch, o orgulho, para que diante de um problema, lembrem de tudo que já conquistaram juntos;
De Hynnin, o humor, pois a vida as vezes prega peças, mas a capacidade de continuar sorrindo ajuda a seguir em frente;
De Tenebra, o acolhimento, pois mesmo nas horas mais escuras, há alguém zelando por ti;
De Lena, a prosperidade, para que nunca falte alegria em suas vidas;
De Arsenal, a perseverança, para que nunca desistam de lutar pelo que acreditam, não importando o tamanho do desafio;
De Thyatis, o perdão, pois somos mortais e errar faz parte de nossa natureza, mas podemos fazer o certo se tivermos uma nova chance;
De Thwor, a união, pois mesmo possuindo diferenças, é através do esforço conjunto que somos capazes de superar nossas fraquezas e potencializar a nossa força;
De Wynna, a generosidade, pois doar-se ao outro e compartilhar as conquistas e as tristezas é parte importante de uma relação duradoura;
De Nimb, a fantasia, pois não existe impossível enquanto você for capaz de sonhar, e vocês são prova disso;
De Marah, o amor, pois ele os trouxe até aqui, e enquanto ele durar não há conflito que não possa ser resolvido;
De Sszzaas, a astúcia, para que vossas desconfianças não vos enganem, para que saibam em quem confiar e que acima de tudo, não traiam a si mesmos;
De Megalokk, o instinto, pois foi acreditando nele e seguindo seus impulsos que vocês chegaram até aqui e nenhuma regra pode domar o que sentem um pelo outro;
De Lin-Wu, a lealdade, não há honra maior que compartilhar a vida com alguém disposto a fazer o mesmo, e o respeito mútuo é a chave para a prosperidade;
De Khalmyr, o julgamento, para que não deixem que as emoções tomem conta, e que diante de um problema haja clareza de pensamento para buscar a melhor solução;
E de Valkaria, a ambição, para que vossas vidas jamais fiquem estagnadas e que jamais se rendam ao conformismo, pois hoje começa a maior aventura de que já viveram, pois o que importa é a jornada, e não o destino, e enquanto tiverem um ao outro, vocês podem tudo.
Foram muitas batalhas e uma longa jornada até chegarmos aqui, eu pude acompanhar essa história, as vezes de perto, lado a lado, e as vezes distante, observando e rogando por proteção a ambos e hoje me encontro nessa posição, para selar essa união sob os olhos das maiores testemunhas, mas antes, vamos ouvir o que os noivos têm a dizer. Thalyandra, e Theikos, seus votos.
Muito bem, se há alguém que tenha algo a dizer contra essa união, que fale agora, ou cale-se para sempre.
Thalyandra de Carvalho, aceita Theikos Ankaseli como seu marido e companheiro, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, sob a estátua de Valkaria ou em áreas de Tormenta?
E Theikos Ankaseli, aceita Thalyandra de Carvalho como sua esposa e companheira, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, sob a estátua de Valkaria ou em áreas de Tormenta?
Então, pelos poderes a mim concedidos e sob a aprovação da líder do Panteão, eu os declaro marido e mulher.”
Uma cerimônia à altura do que o evento exigia. À altura do feito que haviam conquistado.
E, diferente do dito no começo, aquele não era o fim. Era um novo começo, cheio de desafios, mas, principalmente, cheio de amor.
Como todo Casamento, tem que ter lembrancinha…
E como esta última mesa foi presencial, claro que tinha que ter lembrancinha física
Imagem ao vivo do nosso posicionamento em uma parte do combate xD
Imagem do grid de jogo
(Texto da cerimônia por Lucas “Redzard” Felipetto)
Ádio Gravado por Marcelo Cassaro como Arsenal, casando os dois:
https://youtu.be/bqKcKBSs7oo